Enquanto os investimentos em despoluição caem, a sujeira, no rio Tietê, aumenta. É o que aponta estudo da Ong Fiquem Sabendo. De acordo com o levantamento, o valor investido pela Sabesp no projeto de despoluição do rio caiu 36% entre 2014 e 2015. No período, o gasto anual com a recuperação recuou de R$ 516 milhões para R$ 378 milhões, uma diferença de R$ 138 milhões.
Os dados foram obtidos junto à própria Sabesp por meio da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação). A queda no investimento aconteceu no mesmo ano que a Fundação SOS Mata Atlântica apontou que a mancha de poluição do Tietê mais que dobrou, saltando de 71 km para 154,7 km, entre setembro de 2014 e agosto de 2015.
A mancha de poluição envolve o trecho do rio onde não há ou existe uma fração muito pequena de oxigênio. Ela está concentrada principalmente nas cidades da Grande São Paulo. Mas, com o aumento da poluição, avançou para fora dessa área. Em 2014, ela se restringia à região entre Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus. Um ano depois, ela começava em Mogi das Cruzes e se estendia até Cabreúva.
Na região Oeste, as cidades que mais sofrem com a poluição do Tietê são Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, que chegam a ser invadidas por espuma formada pelos poluentes. Principalmente nos meses mais secos do ano, esse “fenômeno” é provocado quando as águas passam pela barragem da usina hidrelétrica instalada nesse trecho do rio Tietê e se agitam, formando a espuma.
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