sexta-feira, 17 de julho de 2015

Atestados de óbito foram emitidos por 'falsos' médicos.

Mais de 60 atestados de óbitos foram emitidos pelos médicos clandestinos, que atuavam em São Roque, Mairinque e Alumínio. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (17), em entrevista coletiva concedida pelo delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, e pelas delegadas Fernanda Ueda e Simona Ricci, que vão comandar as investigações sobre possível quadrilha. 

De acordo com Simona, todos os óbitos assinados pelos suspeitos serão avaliados para identificar se houve falha no atendimento do paciente. A polícia também irá investigar centenas de denúncias de populares que foram atendidos pelos médicos clandestinos."Vamos avaliar cada caso de óbito para saber se houve falha nos procedimentos médicos e ouviremos todas as pessoas que foram atendidas por eles nos últimos dias e nos procuraram para formalizar denúncia", afirma Simona. 

Em depoimento à polícia, os suspeitos Pablo do Nascimento Mussolin e Natani Taisse de Oliveira confirmaram que faturavam de R$ 40 mil e R$ 70 mil por mês cada um, com os plantões realizados nos hospitais de São Roque, Mairinque e Alumínio. De acordo com Simona, os dois detidos também disseram que cursaram o curso de medicina na Bolívia, mas após retornarem ao Brasil não conseguiram passar no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas. 

O caso

A Polícia Civil investiga a atuação dos médicos clandestinos que atuaram nos últimos meses nas cidades da região. Até o momento, a operação denominada de Placebo já identificou quatro pessoas, entre elas, Pablo e Natani. As outras duas estão foragidas. Todos são acusados de falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Eventuais responsabilidades sobre mortes de pacientes ocorridas no período de atuação dos suspeitos serão apuradas.

A Delegada Simona Ricci, de Mairinque, durante entrevista coletiva à imprensa - Fabio Rogério/JCS

jcruzeiro.com.br

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