De acordo com Simona, todos os óbitos assinados pelos suspeitos serão avaliados para identificar se houve falha no atendimento do paciente. A polícia também irá investigar centenas de denúncias de populares que foram atendidos pelos médicos clandestinos."Vamos avaliar cada caso de óbito para saber se houve falha nos procedimentos médicos e ouviremos todas as pessoas que foram atendidas por eles nos últimos dias e nos procuraram para formalizar denúncia", afirma Simona.
Em depoimento à polícia, os suspeitos Pablo do Nascimento Mussolin e Natani Taisse de Oliveira confirmaram que faturavam de R$ 40 mil e R$ 70 mil por mês cada um, com os plantões realizados nos hospitais de São Roque, Mairinque e Alumínio. De acordo com Simona, os dois detidos também disseram que cursaram o curso de medicina na Bolívia, mas após retornarem ao Brasil não conseguiram passar no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas.
O caso
A Polícia Civil investiga a atuação dos médicos clandestinos que atuaram nos últimos meses nas cidades da região. Até o momento, a operação denominada de Placebo já identificou quatro pessoas, entre elas, Pablo e Natani. As outras duas estão foragidas. Todos são acusados de falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Eventuais responsabilidades sobre mortes de pacientes ocorridas no período de atuação dos suspeitos serão apuradas.
A Delegada Simona Ricci, de Mairinque, durante entrevista coletiva à imprensa - Fabio Rogério/JCS |
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