(Foto: Jefferson Rudy /Agência Senado)
Após a revelação de que teria recebido R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora entre 2010 e 2014, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) voltou à tribuna do plenário nesta quarta-feira (5) para negar participação no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.
Collor é um dos 48 políticos investigados por suspeitas de participação em fraudes na Petrobras, investigadas pela Lava Jato, e é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
No discurso, ele criticou o que chamou de “vazamentos seletivos” de informações pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot– a quem acusa de promover uma “sórdida estratégia midiática”.
Collor não citou especificamente a nova denúncia contra ele, mas disse “nada ter a ver” com os fatos a ele imputados. E declarou ter certeza de que “a verdade, mais uma vez, virá à tona”.
“Reafirmo que tudo não passa de ilações. São falsas versões impingidas à opinião pública de forma a esterilizar a verdade, a escamotear as reais intenções midiáticas do procurador-geral da República e a impor a narrativa que a ele interessa. Principalmente num momento como esse, de sua campanha pela recondução ao cargo que agora ocupa. Utilizam-se do meu nome, utilizam-se da minha imagem, utilizam-se dos meus bens para se autopromoverem, para fazer aquele espetáculo”, declarou.
A defesa de Collor apresentou um pedido ao STF para que os carros apreendidos na Politeia sejam devolvidos.Quanto aos carros de luxo apreendidos pela Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato, o senador disse que são propriedade de empresas das quais é sócio majoritário e afirmou que é o responsável pelos seus financiamentos.
"São bens de minha propriedade, adquiridos de forma lícita, correta, e portanto, devem ficar sob a minha guarda, mesmo na condição de fiel depositário", declarou.
Ele minimizou as denúncias de que os carros estão com parcelas em atraso.
“Se existem parcelas em atraso, é uma questão comercial que diz respeito a mim e ao credor, não podendo jamais, em tempo algum, sob risco de uma grave penalização judicial a quem afirma, que tal atraso se deve a recursos escusos. [São] afirmações caluniosas e infames”, disse.
G1
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