Segundo Carriel, esse tipo de atividade ilegal também é praticada em outras regiões do estado de São Paulo. Os locais não foram divulgados. As quadrilhas escolhem, de preferência, municípios que terceirizam o trabalho dos médicos nas instituições públicas de saúde.
Para a Polícia Civil, as empresas que contratam esses profissionais mantêm um elo entre si. Na prática, uma cede mão de obra para outra em locais com necessidade da presença de um médico.
Os falsos médicos atuantes no Estado, segundo a Polícia, são na maioria vindos da Bolívia. O profissional se forma em Medicina fora do País, mas não consegue ser aprovado no Revalida - exame usado para validar o diploma no Brasil.
O esquema na região de Sorocaba foi descoberto em Mairinque. Em 11 de julho, uma mulher que atuava como médica deixou o plantão de um pronto-atendimento sem dar justificativa. A Prefeitura decidiu consultar o Conselho Regional de Medicina (CRM) para tomar uma atitude administrativa e verificou que a funcionária não possuía o certificado. A partir daí, a Polícia Civil entrou no caso e identificou outros falsos médicos em São Roque e Alumínio. (com informações de José Antonio Rosa).
Jornal Cruzeiro do Sul
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