Na ocasião, a prefeitura de Itapevi, administrada até então pela Drª Ruth Banholzer, acusou a vizinha Jandira de ser o estopim da tragédia devido à falta de cuidados na preservação e limpeza do rio, causando assim, o transbordamento e as enchentes. Jandira, comandada na época pela prefeita Anabel Sabatine, se isentou de qualquer responsabilidade.
Nesse fogo-cruzado, o novo prefeito de Jandira, Geraldo Teotônio, o Gê, e de Itapevi, Jaci Tadeu, iniciaram novas conversas para reduzir futuras enchentes que possam ocorrer nesse período de chuvas.
“Quando aconteceu a enchente em meados de dezembro, não tínhamos assumido ainda. Mas Itapevi acabou tirando aquela quantidade de terra, que ficou na margem do rio. O que a gente pretende fazer? Retirar aquele material porque senão, ele volta pro rio e vai acontecer a mesma coisa”, sugere Gê.
Além da retirada do material que ficou às margens do rio, o prefeito de Jandira ressalta a implantação de um projeto para canalizar o rio, que conta com investimento federal. De acordo com Gê, essa ação pode beneficiar as cidades vizinhas. “Existe um projeto de canalização desse rio por meio do PAC, do governo federal, e vamos fazer gestão para que a gente não perca esse investimento. Tem dois trechos, o primeiro pega o viaduto perto da prefeitura até a entrada do bairro Ouro Verde. O segundo trecho é do Ouro Verde até a divisa de Itapevi. Temos consciência disso, procuramos o prefeito de Itapevi para acharmos uma saída conjunta para que não prejudique as duas cidades”, finaliza Gê.
A enchente ocorrida em 12 de novembro do ano passado foi a maior registrada no município. Em questão de seis horas, choveu 70 mm, o volume corresponde ao esperado para uma semana, de acordo com a prefeitura.
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