Segundo o Ministério Público Federal, os dois faziam parte da "máfia dos sanguessugas", um grupo que desviava dinheiro público destinado à compra de ambulâncias em diversos municípios do Brasil. No Ceará, Francisco Almeida de Lima foi acusado de intermediar a celebração dos contratos ilegais pelas empresas indicadas e prefeituras. O esquema foi revelado em 2006.
Segundo a acusação, os dois condenados teriam manipulado e direcionado os resultados de licitações do convênio firmado entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Itapajé.
O ex-deputado Almeida já havia sido condenado por receber propina por participar do esquema no município de Ibiapina.
A Justiça determinou que cada um pague o ressarcimento aos danos patrimoniais no valor R$ 21.995,74 e multa no valor de R$ 20 mil, além da a suspensão de direitos políticos e proibição firmar contratos públicos por oito anos para o ex-deputado e cinco anos para o ex-prefeito.
Os réus ainda podem entrar com recurso contra a decisão judicial.
Em suas defesas à Justiça, o ex-deputado diz que não há provas que tenha recebido propina, enquanto o ex-prefeito nega que tenha cometido irregularidades.
folha de sp