segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Obras no trecho entre Jandira e Itapevi 'empacam' e Corredor Oeste está parado

Se, de um lado, faz planos de uma nova ligação viária na região; de outro, a EMTU não consegue concluir o Corredor Itapevi-Butantã. As obras no trecho entre Jandira e Itapevi, único em andamento, já estavam atrasadas. E agora pararam de vez.

Com previsão de entrega inicial para o primeiro semestre de 2012 e, na seqüência, adiada para dezembro, o projeto, a cargo da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) está paralisado desde o final de 2012, quando a empresa vencedora da licitação rompeu o contrato firmado com o governo do Estado.

A interrupção dos trabalhos foi o principal tema da audiência, na última quinta-feira, entre o prefeito de Itapevi, Jaci Tadeu, e o presidente da empresa, Joaquim Lopes. “Após a rescisão unilateral do contrato com a empresa vencedora da primeira licitação, estamos iniciando um novo processo licitatório”, informou o presidente. Segundo Lopes, a previsão é de que as obras sejam retomadas em maio deste ano e concluídas em um prazo de 12 meses.

Durante o encontro, do qual também participou o deputado estadual João Caramez, outros temas em pauta foram a implantação de passarela ligando a estação de trens de Itapevi ao centro e a utilização de um acesso da Vila Aparecida para facilitar o escoamento do tráfego na região. As duas obra seriam complementares ao corredor.

O trecho entre Jandira e Itapevi do Corredor Oeste faz parte de um projeto maior da EMTU, o Corredor Metropolitano Itapevi-Butantã. Ele foi o primeiro a ter as obras iniciadas, mas enfrentou uma série de problemas. Primeiro, envolvendo indenização das famílias que tiveram seus imóveis desapropriados para a abertura das pistas, já que a maioria não tinha escritura dos imóveis. Depois, foi preciso aguarda as empresas Sabesp e Eletropaulo efetuaram a transposição de redes de água, esgoto e energia elétrica no trajeto. A EMTU chegou a multar a empresa duas vezes, em valores de R$800 mil e R$900 mil, por atrasos no cronograma.

O corredor tem 5 quilômetros de extensão, com duas faixas em cada sentido, e 10 pontos de paradas de ônibus. Vai contar ainda com um Terminal Metropolitano em Itapevi, com 80 metros de extensão e capacidade para 4 paradas simultâneas de ônibus, com saídas independentes, sem que o motorista precise fazer manobras.

Já o projeto completo, até o Butantã, foi dividido em outras duas etapas: Jandira-Osasco e Osasco-São Paulo. Essa segunda fase está em licitação, com as propostas em análise pela EMTU. Serão 8,8 quilômetros de vias públicas entre Jandira e Osasco, além da construção do terminal rodoferroviário no Km 21, na divisa entre Osasco e Carapicuíba, com ligação à estação de trem. Já a terceira etapa ainda não tem previsão para sair do papel.

O objetivo do Corredor Metropolitano é integrar os sistemas de transporte por ônibus às estações de trem das cidades da região e também ao metrô, a partir da futura estação Butantã da Linha 4.

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