Moradores fazem a limpeza de suas casas em Esteio (Foto: Pedro de Brito/Divulgação Prefeitura de Esteio) |
São 64 municípios afetados. Dentre eles, 26 estão em situação de emergência. Conforme a Defesa Civil, a situação mais grave se concentra nos municípios de Esteio, Gravataí e Cachoeirinha, na Região Metropolitana, e em Porto Alegre, na Zona Norte e nas ilhas do Guaíba.
Bloqueios nas estradas
Apesar da melhora na condição do tempo, o estado ainda tem bloqueios de rodovias. São oito trechos interditados, sendo sete estaduais e uma federal, conforme informações do Comando Rodoviário da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A única rodovia federal a registrar transtornos é a BR-153, em Bagé, na Região da Campanha. Parte do asfalto sobre os acostamentos nos dois sentidos caiu depois que os bueiros cederam no km 648 da estrada. A liberação estava prevista para as 19h.
Entre as rodovias estaduais, a queda parcial de uma ponte foi registrada na VRS-809 em Cachoeira do Sul, na Região Central. Na mesma região, houve bloqueio na ERS-502 entre Paraíso do Sul e Cachoeira do Sul.
Em Montenegro, no Vale do Caí, houve interrupção total da ERS-124 no km 7 devido ao alagamento da pista. O desvio é feito pela ERS-122. Ó trânsito flui em meia pista na ERS-411, entre Montenegro e Brochier, na mesma região.
A VRS-865 em Picada Café, na Serra, está bloqueada totalmente no km 3, mesmo local onde houve uma queda de barreira na tarde anterior. O tráfego também foi interrompido na ERS-240 no km 13 em Portão, na Região Metropolitana. Em Taquara, o trânsito flui em meia pista no km 57 da ERS-020 devido a uma rachadura no asfalto.
Estragos na Zona Sul de Porto Alegre
A terça-feira (21) foi dia de conferir os estragos na Zona Sul de Porto Alegre. Na Rua Jaguari, bairro Cristal, grandes buracos foram abertos no asfalto. Já no bairro Aberta dos Morros, além das crateras, vias também ficaram cobertas por terra.
A Defesa Civil municipal registrou na manhã desta terça-feira (21) dois desabamentos na região. Parte da estrutura de uma casa desabou na Travessa Coronel Rego, no bairro Aparício Borges. Houve ainda um desabamento de terra na Rua Guanabara, no bairro Cascata. Ninguém ficou ferido nas ocorrências.
Na orla de Ipanema, o nível do Guaíba subiu, e a água invadiu a rua. Parte da calçadão e alguns bancos chegaram a ficar destruídos. Ondas se formaram devido ao alto volume de chuva. Segundo o Centro Integrado de Comando (Ceic) de Porto Alegre, o Guaíba estava a 2,43 cm, mais de um metro acima da média histórica.
A cheia do Guaíba também tirou 92 pessoas de casa na região das ilhas, na capital. Segundo a Defesa Civil, cerca de 80 moradores da Ilha Grande dos Marinhos estão em um abrigo público. Outras 12 pessoas que residem na Ilha do Pavão estão alojadas em uma igreja.
Governo cria gabinete
O governo gaúcho também instalou um gabinete de emergência no Palácio Piratini para monitorar a situação das cheias no estado. A força-tarefa é formada pela Casa Militar, pelo Gabinete da Primeira-Dama e por nove secretarias de estado.
De acordo com o vice-governador José Paulo Cairoli, o objetivo do gabinete de emergência é agilizar o atendimento aos atingidos pelas fortes chuvas. As reuniões serão diárias, e as ações serão executadas de modo integrado.
"Estamos organizados e atendendo a comunidade que está sofrendo com as chuvas prolongadas que atingem o estado. Otimizamos para atender de forma rápida e com eficiência quem necessita de apoio”, disse Cairoli.
G1
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