Segundo o estudo, que avaliou onde residem e como se inserem os trabalhadores na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), as diferenças de intensidade do crescimento da População Economicamente Ativa – PEA, na RMSP, nos últimos 30 anos, resultaram na perda de participação do município de São Paulo para as demais cidades, assim como das zonas centrais da capital para as mais periféricas.
Seguindo o movimento da PEA e a relativa desconcentração das atividades do município de São Paulo, ampliou-se com mais intensidade a ocupação entre os moradores dos demais municípios da RMSP. Na capital também reduziu-se a proporção de ocupados entre os moradores das zonas centrais em favor das mais periféricas.
A Seade agrupa a região metropolitana em 5 grupos: sudoeste (ABC) Sudoeste (Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu, Itapecerica, Juquitiba, São Lourenço, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista) Oeste, Norte e Leste.
Segundo o levantamento, entre 2000 e 2014, melhoraram as formas de inserção no mercado de trabalho em todas as regiões.
No município de São Paulo, em 2014, os ocupados que residiam na zona Leste 2 (Itaquera, São Mateus) apresentavam os maiores porcentuais de assalariados (73,7%) e de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (58,0%), proporções que eram 61,7% e 38,0%, respectivamente, em 2000. Ao se observarem os postos de trabalho com menor grau de proteção da legislação trabalhista e previdenciária, destacam-se, na capital, as zonas Norte Sul com maior proporção de assalariados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,9% e 10,1%, respectivamente).
No município de São Paulo, a zonas Leste possui elevada proporção de moradores ocupados na indústria de transformação e no comércio, enquanto nas zonas Oeste e Centro observa-se maior ocupação nos serviços. Ainda na capital, chama atenção a zona Sul 2 (Campo Limpo, Grajaú), onde estão as maiores proporções de moradores ocupados na construção e nos serviços domésticos.
Nos demais municípios da RMSP, as sub-regiões Sudeste (ABC) e Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes) detêm as maiores concentrações de moradores trabalhando na indústria de transformação, enquanto as sub-regiões Sudoeste (Cotia, Itapecerica) e Oeste (Barueri, Osasco) registram maior proporção de ocupados nos serviços (58%), com destaque para os segmentos de alojamento e alimentação, artes, cultura, esportes e recreação. Deste total 9,3% são empregados domésticos. Ainda segundo o levantamento, 8,7% dos trabalhadores não tem registro em carteira.
Fonte:cotiatododia
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